domingo, 21 de outubro de 2012

Bolgs na Educação


  

O Blog é uma ferramenta interativa, com enorme potencial educativo, que viabiliza os pilares do diálogo e da autonomia, sustentando as boas práticas pedagógicas de EAD.

 

Aula 1: Blogs na Educação

Natalícia Alfradique Pinto de Azevedo

 

O Blog é uma ferramenta que nos auxilia na construção de um saber coletivo. Com ele formulamos hipóteses de trabalho, discutimos ideias e opiniões sobre muitos assuntos.

A facilidade de criação e publicação, a possibilidade de construção coletiva de textos e o potencial de interação, tornam os “Blogs” uma ferramenta pedagógica de destaque para a educação.

 

Objetivos a serem atingidos:

·         Reconhecer a importância do Blog como ferramenta que possibilita a criação e publicação coletiva de textos (materiais didáticos), incentiva a construção de rede e trabalho em equipe e sua importância como estratégia de ensino aprendizagem.

·         Reconhecer a importância da aprendizagem colaborativa como uma técnica do processo ensino aprendizagem, formalizando a construção interativa de Blog.

·         Utilizar o blog como meio na construção de um saber colaborativo e compartilhado.

·         Conhecer o conceito de ambientes de aprendizagem online e suas características.

·         Conceituar os aplicativos da Web 2.0 mais utilizados para a utilização de edição colaborativa.

·         Publicar conteúdos e imagens dos projetos desenvolvidos em sala de aula, utilizando a interface de um ambiente online.

 

1-  Conversando sobre Blog:

Em alguns conceitos de blogs tem-se que: “os blogs é concebido como um espaço em que o escrevente pode expressar o que quiser na atividade da (sua) escrita, como escolhas de imagens e de sons que compõe o todo do texto vinculado pela internet.”

Sabemos da importância de um blog e o que podemos fazer com ele:

·         publicar material didático,

·         socializar as produções de alunos,

·         trabalhar de forma colaborativa entre alunos/professores, alunos/alunos,

·         Interagir com outros grupos,

·         realizar provas/exercícios,

·         estimular a participação utilizando diferentes linguagens,

·         aproximar-nos das publicações multimídias,

·         funcionar como espaço de experimentação na investigação das nossas práticas,

·         guiar, coordenar e moderar de forma virtual os trabalhos apresentados na turma,

·         incentivar a construção de redes e

·         propiciar a aprendizagem colaborativa por meio de estratégias de criação em equipes.

 

Os blogs dão um espaço fundamental para a escrita, possibilitando que a linguagem flua, de forma que o processo da escrita possa ser à todo momento reelaborado, reescrito, articulando ideias, formulando questões e respostas, buscando a sistematização da ordem mental para uma forma compreensível de um texto.

O blog traduz-se de uma maneira geral, como “diário virtual”. Ou seja, os blogs são espaços de publicação na internet. É usado como uma alternativa popular para publicação de textos on-line facilitado por software que dispensa conhecimento especializado em computação (linguagem html).

Quase sempre se tem acesso apenas ao resultado final, ignorando-se totalmente o processo precedente de produção do blog. Aqui abordaremos a importância da concepção de blogs educativos, tendo como finalidade a sua importância no espaço educacional, assim como identificar a importância do blog como ferramenta de trabalho, onde a multiplicidade de saber se relaciona e contextualiza as informações. Este tem como prioridade relacionar as etapas de produção de um blog, que em um primeiro momento temos a concepção e criação, em um segundo momento a realização e criação. Veremos em último momento a avaliação do produto final.    

Assim, a produção de um blog voltado para o contexto da educação pode implicar em um uso crítico e criativo na medida em que se observam diversos aspectos como: a construção de espaços de autoria, pois os alunos (usuários produtores) se tornam autores e organizadores do seu próprio espaço; um espaço de expressão pessoal; o desenvolvimento de processos interativos de colaboração e cooperação possibilita a formação de grupos ou comunidades de interesses comuns e de trocas culturais; o uso da tecnologia para outros espaços de aprendizagem; a possibilidade de alcançar o letramento digital, por meio da apropriação das ferramentas tecnológicas.

Considerando que ensinar através da solução de problemas, seja uma fonte de saber, nesse contexto é fundamental admitir a estratégia que ao se utilizar o Blog, este desafia o aluno a pensar e a criar soluções para o seu problema.

Com as inúmeras ferramentas que despontam ultimamente na Web 2.0, percebe-se que novos desafios se abrem para que os professores conheçam e apliquem essas ferramentas de forma a extrair o melhor delas.

 

1.   2- Aprendizagem Colaborativa:

A aprendizagem colaborativa destaca a participação ativa e a interação, tanto dos alunos quanto dos professores, onde o conhecimento é construído através da interação social.

Portanto, a cooperação envolve vários processos- comunicação, negociação, coordenação, co-realização e compartilhamento. O papel da comunicação é fundamental, uma vez que acontecerá na maior parte do tempo por meios eletrônicos, o que não impede, no entanto, que ocorra encontro presencial.

Para Nonaka e Takeuchi (1997) a criação de novos conhecimentos depende da interação contínua entre as pessoas. Esse processo é desenvolvido pela troca social entre os conhecimentos tácito e explícito de cada indivíduop e entre indivíduos ( a nível intra e inter organizacional) denominado “ conversão do conhecimento”.

 

   1.3- Ambientes online e a Web 2.0

Os ambientes virtuais de aprendizagem caracterizam-se por um espaço fecundo na Internet que possibilita a construção de novos saberes.

1)   Ambiente Instrucionais

2)   Ambiente Interativo

3)   Ambiente Cooperativo

Nesta visão, a interatividade e a colaboração representam um grande trunfo no processo de ensino e aprendizagem possibilitando que todos os envolvidos no processo troquem ideias e experiências coletivamente.

A cerca dessa nova abordagem, podem-se apontar os ambientes virtuais de aprendizagem como espaços interativos dotados de ferramentas que os tornam com as seguintes características:

a)   Igualitários e centrados no usuário (aluno, professor e tutor);

b)   Ricos em recursos textuais e multimídias (animações);

c)   Fazem uso da comunicação multi-sentiva;

d)   Representam uma matriz de diálogos e não uma coleção de monólogos;

e)   Permitem a extinção do receptor passivo;

f)    Possibilitam o consumo e criação de conteúdo dinâmico com a participação de todos os envolvidos.

1.4- As ferramentas da WEB 2.0 mais utilizadas no contexto educativo:

a) Blog: trata-se de uma ferramenta que surgiu antes da Web 2.0, no entanto, segundo Voigt (2007), com os novos serviços de criação e hospedagem, aliados à possibilidade de receber conteúdos, os blogs tornaram-se populares na Web.[...]

b) Wiki: representa um espaço rico e dinâmico que favorece o potencial colaborativo tornando-se uma ferramenta para gerenciar conteúdos online e prover uma base de conhecimentos compartilhados. [...]

c) Podcast:trata-se de uma gravação de áudio personalizada para divulgar informações, opiniões, e/ou entrevistas. Para Voigt (2007), Podcasts podem ser utilizados para disponibilizar nos AVAs conteúdos das aulas, explicações teóricas sobre um determinado assunto e comentários ou mensagens que podem ser ouvidos a qualquer momento pelos alunos.

A utilização de estratégias e atividades propostas em um blog, valoriza a ação pedagógica, tornando-o um instrumento de aprendizagem colaborativa, onde a participação de todos os envolvidos assumem a sua autoria.

4- Referências:

Ribeiro,Antonio Carlos, Schons, Cláudio Henrique- A contribuição da Web 2.0 nos sistemas de educação online, UNIFACET- 4º Congresso Brasileiro de Sistemas.

Mantovani,Ana Margô, Blogs na Educação: Construindo Novos Espaços de Autoria na Prática Pedagógica.

Carvalho, Ana Beatriz,A Web 2.0, Educação a Distância e o Conceito de Aprendizagem Colaborativa na Formação de Professores.


A neurociência e a sala de aula

A neurociência é o estudo do sistema nervoso. Ele contempla diversas áreas como a medicina, química, biologia, matemática, engenharia, linguística, entre outras. Com tantas ciências envolvidas, é no mínimo um desafio pensar como as pesquisas de laboratório podem estar presentes em sala de aula. Porém, como os exemplos a seguir deixam claro, o relacionamento entre a educação e as pesquisas é uma realidade que tem aprimorado cada vez mais o processo de aprendizagem e ensino.



Confira nove exemplos de como a neurociência está invadindo as salas de aula:



Como a neurociência está ajudando a educação: 1. Ensino cognitivo



Mesmo em estágio inicial, o ensino cognitivo já mostra sinais de que é um dos resultados mais promissores da relação entre a neurociência e a educação. O ensino cognitivo é extensamente pesquisado na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, onde os programas de álgebra desenvolvidos pelos pesquisadores já ajudaram os alunos a aumentarem seus rendimentos em matemática.






Como a neurociência está ajudando a educação: 2. Horário das aulas



Pesquisas no ramo da neurociência revelaram que os padrões de sono das pessoas mudam de forma significativa enquanto elas envelhecem. Além disso, os estudos mostram que os adolescentes necessitam de mais descanso que outras faixas etárias e que suas capacidades cognitivas são muito menores no início da manhã. Esses resultados já provocaram diversas mudanças, inclusive na alteração dos horários de início das aulas para estudantes do ensino médio. Apenas 30 minutos de diferença causam um enorme impacto no humor e atenção dos jovens.




Como a neurociência está ajudando a educação: 3. Variedade no aprendizado



Muitas pessoas acreditam que a repetição é melhor maneira de aprender e reter conteúdos, mas pesquisas recentes mostram que os estudantes aprendem mais quando suas aulas são espaçadas em horários diferentes, ao invés de concentradas em um único episódio. Os resultados desses estudos têm sido colocados na prática por professores que apresentam as informações de maneiras diferenciadas, pedindo aos alunos que resolvam problemas usando múltiplos métodos e não memorizando apenas uma maneira de solucioná-los.




Como a neurociência está ajudando a educação: 4. Aprendizado personalizado



A anatomia de nossos cérebros pode ser similar, mas a maneira como cada um aprende não é. Sabemos isso por experiência pessoal, mas a neurociência começa a demonstrar cientificamente. Ferramentas de ensino são desenvolvidas para que adaptem às necessidades individuais de cada um e professores procuram encorajar maneiras personalizadas que os alunos podem usar para aprender melhor e com mais eficiência.




Como a neurociência está ajudando a educação: 5. A perda de informações



Uma experiência vivida por muitos estudantes quando voltam das férias é a sensação de que se esqueceram de tudo que foi aprendido no semestre anterior. Pesquisas mostram que isso é realmente verdade. Os resultados revelam que, além disso, pessoas que costumam manter o hábito de exercitar seus cérebros continuamente, por exemplo, com livros mais difíceis, possuem mais conexões e variedades de ligações neurais. Como consequência, muitas escolas estão diminuindo o tempo de férias ou desenvolvendo cronogramas de atividades anuais para que os alunos reduzam o tempo que passam fora da escola e não prejudiquem sua memória e rendimento.




Como a neurociência está ajudando a educação: 6. Problemas de aprendizado



As pesquisas realizadas pela neurociência estão facilitando o processo de identificação de alunos com problemas de aprendizado, como a dislexia, e ajudando-os a identificar intervenções que podem melhorar seus desempenhos.








Como a neurociência está ajudando a educação: 7. Diversão em sala de aula



É cada vez maior a evidência de que a diversão é uma experiência muito positiva para o aprendizado. Isso acontece porque experiências satisfatórias fazem com que o corpo libere dopamina, ajudando o cérebro a se lembrar dos fatos com mais agilidade. Um ótimo exemplo de como isso funciona é o Khan Academy, um portal de aprendizado online que desafio os alunos a completarem desafios e tarefas para que ganhem distintivos.



 

Como a neurociência está ajudando a educação: 8. A importância do estudo em grupos



O estudo em grupos é extremamente eficiente para o desempenho acadêmico. Uma pesquisa realizada em 2011 pela neurologista Judy Willis mostrou que estudantes que trabalham em grupos experimentam um aumenta na liberação de dopamina, ajudando os alunos a lembrar mais das informações em longo prazo. A pesquisadora descobriu que, além disso, aprender em grupos pode reduzir a ansiedade dos estudantes.




Como a neurociência está ajudando a educação: 9. Neuroeducação




Se você nunca ouviu falar da neuroeducação, então é hora de se atualizar. Atualmente, no Brasil, já possuímos até mesmo pós-graduação nessa área. Por meio da prática é realmente possível mudar a forma como nosso cérebro é estruturado, acrescentando mais conexões cerebrais e mudar os padrões neurais por meio da neuroplasticidade permitida pelos nossos neurônios.




Fonte: Texto extraído de Universia Brasil