sábado, 13 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!





Quantas gerações e quantos corações fazem parte de nossa vida!
Aguns partiram precocemente, outros se foram com a idade, mas todos são igualmente importantes.
Todos estão guardados em meu coração.
E para aqueles que desfrutam desse momento,
 eu desejo um domingo maravilhoso.
Em especial ao Leo que em breve será papai e eu vovó!!!

FELIZ DIA dos PAIS!!!





Histórias de professor


Caro Juremir(CORREIO DO POVO)!
16 de julho de 2011



Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre, onde à noite leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio.
Pois bem, olha só o que me aconteceu:estou eu dando aula para uma turma de segundo ano.

Era 21/06/11 e talvez pela entrada do inverno, resolveu também ir à aula uma daquelas alunas “turista” que aparece uma que outra vez para “fazer uma social”. Para rever os conhecidos.

Por três vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava bastante atenção de todos,toca o celular da menina,interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma idéia e prejudicando o andamento da aula.

Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender''e que o Colégio é um local onde se vai para estudar''.Então, a “estudante” quis argumentar, quando falei que não discutiria com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas.

De casa, a mãe da menina ligou para a Escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretora da Escola.

Qual passo dado pela mãe? Polícia Civil!
Isso mesmo, tive que comparecer no dia 13/07/11 na oitava delegacia de polícia de Porto Alegre para prestar esclarecimento por ter constrangido (?) uma adolescente (17 anos), ''que muito pouco frequenta a aula e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores''.

A que ponto que chegamos? Isso é um desabafo. Tenho 39 anos e resolvi ser professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil. Sinceramente, acho que é mais um professor que o Estado perde. Tenho outras opções no mercado.

Em situações como essa, enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema. Como leitor da tua coluna, e sabendo que abordas com freqüência temas relacionados à educação, ''te peço que dediques umas linhas a respeito da violência contra o professor''.

**************


P.S. Fatos assim têm sido recorrentes. O pior de tudo é ver que nós professores já estamos cansados de sermos tratados como um "Zé Ninguém". Quando isso irá parar? E tem mais... Quando deveríamos ser ouvidos, a imprensa nem nos ouve, somos profissionais invissíveis.
A sociedade só lembra do professor na hora que o "diploma fala mais alto".
Natalícia

A História da Internet

A Árvore Generosa- Shel Silvertein

A Árvore generosa

Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino


Era uma vez uma Árvore que amava um Menino.

E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.

E com elas fazia coroas de rei.

E com a Árvore, brincava de rei da floresta.



Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos!

Comia seus frutos.

E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha.

O Menino amava a Árvore profundamente.

E a Árvore era feliz!




Mas o tempo passou e o Menino cresceu!

Um dia, o Menino veio e a Árvore disse:

"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus

galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"




"Estou grande demais para brincar", o Menino

respondeu. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"

"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro.

Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade,

então terá o dinheiro e você será feliz!"



E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e

levou-os embora.

E a Árvore ficou feliz!

Mas o Menino sumiu por muito tempo...



 
E a Árvore ficou tristonha outra vez.

Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a

sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu

tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz".




"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.

"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"

"Eu não tenho casa", a Árvore disse. "Mas corte meus

galhos, faça a sua casa e seja feliz."


 

O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os

embora pra fazer uma casa.

E a Árvore ficou feliz!



O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no

dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.

"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "Venha brincar!"

"Estou velho para brincar", disse o Menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe.

Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"

"Corte meu tronco e faça seu barco", a Árvore disse.

"Viaje pra longe e seja feliz!"



 

O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.

E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o Menino voltou.

"Desculpe, Menino", a Árvore disse, "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o Menino.

"Já se foram os galhos para você balançar", a Árvore disse.

"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino. "Não tenho mais tronco pra você subir", a Árvore disse.



"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o Menino.

"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe

oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..."

Já não quero muita coisa", disse o Menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."




"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria."

"Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar."

"Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."

Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!


 

A AMIZADE É UM SENTIMENTO QUE SE LEVA PARA SEMPRE...







" É por Amor"- Zé Vicente, poeta e músico





É POR AMOR




Sim, é por amor à vida que cantamos.


E, tantas vezes, choramos também.


É por amor a vida,


Que estamos lutando


E vamos andando lentamente


Para buscar a luz


E a liberdade das manhãs de sol.


É por amor a vida,


Sim, é por amor à vida...


que encaramos de frente


Essa imensa dor que se nos impõe...


É por amor a vida


Que estamos nas ruas, nas praças, nas estradas...


E gritando palavras de ordem, de uma nova ordem!


Sim, é por amor,


E por amor a vida


Que marchamos nas madrugadas de lua nova


Levando nos braços a fúria das tempestades,


pronto a resgatar a terra que nos tomaram (...)


Sim, é por amor a vida


Que profundamente doloridos


Recolhemos em nossos braços


Os que foram brutalmente feridos


E quando já não podemos


Devolver-lhes a respiração


Nós comungamos de seu sangue


E os fazemos ressuscitar


Em milhares de vidas e sorrisos!


É por amor a vida


Que escrevemos nas pedras


Os poemas da esperança rebelde


Que pichamos nos muros e nas portas


As frases corajosas de um futuro novo,


Quase dançamos nas festas de sábado,


No batuque do carnaval de um povo livre!

É por amor


Que nos abraçamos, que nos beijamos na esquina


E já não tememos andar de braços dados


seguindo a bandeira da paz


E da ternura consequente!


Sim, é por amor à vida


Que desesperadamente amamos.










Texto de Zé Vicente, poeta e músico -

Fortaleza-CE


Extraido do jornal Mundo Jovem de março de 2005