quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Orçamento do Governo Federal para 2012


Orçamento do Governo Federal para 2012:




Saúde 3,98%

Educação 3,18%

Ciência e Tecnologia 0,43%

Cultura 0,09%

Segurança Pública 0,43%





Fonte: Helio Dias

Professor do Departamento de Fisica Experimental.

Instituto de Fisica da Universidade de São Paulo-SP-Brasil

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!



Fonte: Facabook

Livros...



Fonte: Facebook

O poder das emoções positivas para a saúde física e mental




RIO — Generosidade, solidariedade, gratidão pelo que foi conquistado, alegria por estar perto da família e dos amigos. Da próxima vez em que você for aconselhado a preservar, o ano inteiro, os sentimentos que afloram na época do Natal, procure seguir o conselho. Pesquisas vêm comprovando que emoções positivas fazem bem à saúde física e mental. E, depois da psicologia, é a neurociência que busca entender como isto acontece. O caminho, que já levava aos neurotransmissores serotonina e dopamina, agora aponta para uma nova estrela: o hormônio oxitocina, que também atua como neutransmissor.


— Os cientistas começam a se voltar para estas questões neuropsicológicas e a se interessar pelas vias relacionadas ao bem-estar, importantes para que, num futuro próximo, seja possível desenvolver novas drogas que melhorem a vida das pessoas — diz a cientista Denise Pires de Carvalho, professora titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ, e especialista na fisiologia do sistema endocrinológico. — Novas técnicas, como a ressonância magnética nuclear funcional, estão nos ajudando a estudar áreas do cérebro ligadas às emoções.

Um artigo publicado pela Universidade de Harvard cita diversos estudos ligando explosões de fúria recorrentes à atividade anormal da serotonina, responsável pela sensação de prazer. E pesquisas recentes relacionam sentimentos positivos à maior produção de oxitocina, também conhecida como o hormônio do amor e liberada em grandes quantidades nas relações sexuais e durante o parto e a amamentação. Em outra frente, um trabalho divulgado este mês pela Universidade da Concordia, no Canadá, constatou que a oxitocina torna a pessoa mais confiante. Sabe-se ainda que ela pode ser a encarregada de ativar o sistema de recompensa do corpo, estimulando a produção de dopamina, atrelada à sensação de motivação, e diminuindo o nível de estresse. A serotonina regularia todo este mecanismo. O resultado final da equação bons sentimentos mais produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar é um indivíduo mais feliz e menos propenso a doenças como depressão e problemas cardiovasculares.

Na UFRJ, a bióloga Rafaela Campagnoli, doutora em neurofisiologia, acaba de concluir o trabalho "Interação social: modulação neural e comportamental por estímulos pro-sociais", sobre como o cérebro processa imagens de interações sociais positivas. Na pesquisa, um grupo formado por 36 universitários saudáveis, e que não tomavam remédios capazes de afetar o sistema nervoso central, observou 60 fotos, sendo 30 de adultos e crianças interagindo e 30 de pessoas alheias umas às outras, embora estivessem próximas. Enquanto o faziam, suas reações eram medidas por eletroencefalograma e eletromiograma (teste que mede a atividade elétrica dos músculos).

— É fato que os cérebros dos voluntários reagiram diferentemente às imagens de cada grupo. Diante das fotografias com interações sociais positivas, ocorreu aumento da atividade elétrica do cérebro, relacionada às emoções, e do músculo do sorriso espontâneo. Isso quer dizer que elas impactaram mais os voluntários, foram mais relevantes emocionalmente — explica Rafaela.

Enquanto a ciência busca documentar que emoções positivas são sinônimo de mais saúde, o senso comum já tem esta convicção há muito tempo. Pessoas como a dona de casa Ana Lúcia Fraga de 54 anos, que há 11 anos se veste de Papai Noel para alegrar e presentear as crianças da creche Novo Palmares, em Vargem Pequena, dizem se sentir bem ao fazer uma boa ação.

— É sempre uma emoção muito grande, uma energia muito boa. Gosto de ir à creche, ver as crianças brincando, conversar com a presidente da associação local — conta Ana Lúcia. — Continuarei fazendo este trabalho enquanto estiver viva.

Gilberto Ururahy, diretor-médico da Med Rio Check Up, especializado em medicina preventiva, está prestes a lançar um trabalho intitulado “Emoções e doenças", baseado no que observa na clínica, que já realizou 60 mil check ups. Para ele, não há dúvidas de que quem encontra mais motivos para experimentar sensações positivas em sua rotina goza de melhor saúde.

— A prática demonstra isso: um quadro de emoções negativas conduz a depressão e outros males — diz ele. — Um dos grandes avanços da psiquiatria foi identificar que o cortisol (hormônio relacionado ao estresse) elevado e crônico é um caminho natural para a morte. Por outro lado, a emoção positiva é a mola da vida.

Estudos americanos, a maioria feitos por psicólogos, comprovam a relação de sentimentos como gratidão, reconhecimento e satisfação com o que se tem à maior sensação de bem-estar. A budista americana Carolyn Pasternak, que esteve no Brasil para ministrar cursos no Instituto Nyingma, também afirma que uma atitude positiva, inclusive para consigo mesmo, é a chave da saúde.

— Costumamos tentar encontrar a felicidade nas coisas que temos ou podemos ter, nas outras pessoas, em livros. Mas parece que algo continua faltando. É porque procuramos nos lugares errados; temos que aprender a olhar para dentro de nós — diz Carolyn.





Fonte: O Globo









sábado, 24 de dezembro de 2011

15 coisas que serão obsoletas na Educação até 2020



Por webmaster a 21 Dezembro, 2011 · 3 Comentários ....Os próximos 10 anos serão de mudanças profundas na Educação, a todos os níveis. Nada que tenha a ver com a crise que vivemos, mas com a revolução digital que se acelera todos os dias.

Há cerca de um ano, a escritora Shelley Blake-Plock publicou um artigo no seu blogue Teacher 2.0, intitulado, “21 Things That Will Become Obsolete in Education by 2020″. Mais adaptado à realidade portuguesa, selecionei e adaptei 15 tópicos que vão no mesmo sentido. Talvez ajude a ultrapassar a depressão portuguesa de 2012 e 2013. Sem cinismo.




1. Mesas

O século 21 não se encaixa nada em mesas alinhadas. A educação vai reforçar os conceitos baseados em redes de fluxos, colaboração e dinamismo que vão reorganizar o espaço das aprendizagens, tornando obsoletas as filas de mesas e cadeiras características das nossas salas de aula fabris.



2. Laboratórios de Línguas

A aprendizagem de um língua estrangeira vai estar (já está, para quem quiser) à distância de um smartphone. Mais espaço disponível nas escolas.



3. Computadores

As salas de computadores, muitas vezes encostados às paredes, serão como que peças de museu. Os portáteis, tablets, smartphones e outros dispositivos vão limpar os velhos ecrãs, as torres e os emaranhados de fios. Mais espaço.



4. Trabalhos de casa

A educação será pensada e trabalhada 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os limites tradicionais entre a escola e a casa tenderão a desaparecer. Como disse alguém, não precisamos de crianças para irem à escola; precisamos delas para aprenderem mais. A aprendizagem será contínua e em movimento. (ver o ponto 3).



5. Instrução massificada

Nos próximos 10 anos o professor que não souber utilizar a tecnologia para personalizar e diferenciar a aprendizagem dos seus alunos será “carta fora do baralho”. A diferenciação será tão natural como respirar. O professor de massas acabou.



6. Medo da Wikipedia

Wikipedia é a maior força democratizante no mundo actual. Se os professores têm receio em deixar os alunos utilizá-la, está na hora de olhá-la de frente sabendo que com este ou outro nome a Wikipedia vai continuar a crescer exponencialmente. Talvez esteja na hora de cada um também dar o seu contributo.



7. Manuais em papel

Os livros são agradáveis, mas, daqui a dez anos, toda ou quase toda a leitura será feita através de meios digitais.



8. Cadernos, lápis, canetas… papel

Provavelmente não vão acabar, mas com toda a certeza vão diminuir e muito na quantidade. As crianças aprenderão a escrever e a desenhar em dispositivos digitais e a grande maioria dos trabalhos, testes e exames poderão ser feitos da mesma maneira. A floresta agradece. Quem não perceber e se adaptar… desaparece.



9. Pastas

Já hoje, em muitas das nossas escolas, que necessidade têm as crianças e os jovens de andarem com bolsas pesadas às costas com custos associados à sua saúde? Com livros e cadernos digitais… as pastas escolares serão cada vez menos pesadas até desaparecerem. As colunas vertebrais agradecem.



10. Departamentos TIC

Um fim à vista. As TIC não serão uma especialidade. As TIC serão a realidade, as ferramentas essenciais de todos os professores e educadores. Todos os agentes da educação e formação terão competências TIC elevadas. Com a afirmação do “Cloud Computing”, a qualidade e aumento da cobertura sem fios e o acesso via satélite, coisas agora “tão importantes” como software, segurança e conectividade serão coisas do passado.



11. Instituições centralizadas

Os edifícios escolares vão transformar-se em centros de aprendizagem e não em locais onde toda a aprendizagem acontece. Os edifícios serão menores, os horários dos professores e alunos irão mudar para permitir que menos pessoas estejam na escola de uma só vez, abrindo caminho a um ensino mais experimental, vivencial, fora do ambiente escolar.



12. Níveis de ensino

A educação vai tornar-se mais individualizada, abandonado significativamente a estrutura dos níveis de ensino tal como os conhecemos hoje. Os alunos serão associados por interesses, seguindo cada um uma aprendizagem especializada. (ver ponto 5)



13. Escolas e professores “atecnológicos”

Escolas e professores que não utilizem as tecnologias estarão condenados ao fracasso. As primeiras a fechar. Os segundos a mudar de profissão.



14. Normas Curriculares

As normas curriculares actuais integram enormes bloqueios à diferenciação da aprendizagem, imagem de marca da educação do futuro. A raiz da mudança curricular será as escolas do ensino básico como fornecedoras de conteúdos fundamentais e as dos níveis superiores com a oferta de aprendizagens especializadas.



15. Reuniões de pais e professores à noite

As ferramentas já hoje disponíveis para comunicação virtual tornarão as reuniões “físicas” uma raridade. De uma forma ou de outra, os pais vão obrigar a escola a utilizar a tecnologia para comunicar. Não vá. Ligue-se.




Fonte:

http://www.professortic.com/2011/12/15-coisas-que-serao-obsoletas-na-educacao-ate-2020/




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Rio Bonito/RJ




Rio Bonito a cidade brilha ao anoitecer.
Ficou linda a igreja iluminada.


Brigadeiro ganha ares de iguaria e até algumas versões dedicadas ao paladar adulto

Brigadeiro ganha ares de iguaria e até algumas versões dedicadas ao paladar adulto



Aos poucos, brigaderias gourmet conquistam o mercado fluminense



Verdadeira febre em São Paulo, as brigaderias gourmet estão chegando de maneira bem tímida no mercado fluminense. Lojinhas muito charmosas, recheadas com centenas de sabores de brigadeiros, dos tradicionais aos mais exóticos, tornam-se um cantinho especial, em meio ao burburinho do dia a dia das cidades. Para os mais tradicionais, vale a pena conferir a sofisticação que essas empresas trazem ao tão famoso doce. Mas as verdadeiras sensações são as novas roupagens, envolvendo ingredientes de altíssimo nível e as misturas mais inusitadas.



Dessa alquimia proporcionada pela gastronomia não poderia surgir nada diferente. Café, cappuccino, damasco, wasabi, limão siciliano, polpa de frutas frescas, confeitos coloridos, menta, cookies, gengibre, pão de mel, gergelim, pastas de amêndoa, nozes e todos os tipos de castanha fazem parte dos ingredientes utilizados nas receitas; isso, sem contar os sabores etílicos, que envolvem cachaça artesanal, vinho do porto, saquê e outras possibilidades. Para completar, as chefs capricham nas coberturas – toppings – e no tempero dos doces, onde não faltam especiarias.



A Granulado Brigaderia Gourmet, em Icaraí, é a versão niteroiense dessas pequenas joias urbanas. Com uma cozinha de três integrantes – entre elas, a sócia Anna Isabella Leal, as meninas têm que se virar entre a cozinha e os clientes que não param de chegar, seja para buscar uma sobremesa ou um motivo para adoçar o dia. Isabel Maria Vieira é a outra sócia. A administradora é uma das responsáveis pelo clima do ambiente, carregado de brigadeiros para todos os lados: desde a estampa no papel de parede aos potinhos e granulados que cobrem as luminárias da loja.



O cuidado com a decoração, que agora está em clima de Natal, é notória em cada detalhe. Desenvolvido pela arquiteta Helena Bernardo, com iluminação de Widimar Ligeiro, o design da loja tem um toque retrô – unindo madeira com elementos pós-modernos de plástico e metal –, e apela para cores sedutoras. Mas esta não é a principal característica do local, aberto desde outubro e já com clientes cativos.



“As pessoas vêm aqui para degustar. Nossos brigadeiros têm peso e formato em padrão pensado para não enjoar. Queremos que todos possam experimentar vários e voltem sempre atrás de novidade”, avalia Anna que, antes, distribuía seu dom apenas entre amigos e para pequenas vendas.

Isabel diz que não saberia criar novas receitas, mas, em compensação, tornou-se a principal degustadora e incentivadora da marca.



“Sempre quis abrir um negócio e a minha associação à Anna foi maravilhosa. Estamos amando a experiência e não paramos de pensar em novos produtos, novas propostas”, revela Isabel.



No Rio, gourmet já tem três filiais



No Rio, estes doces requintados também já têm nomes certos. A Brigaderia Chic foi a primeira marca criada na região, em janeiro deste ano. Com três filiais abertas – Barra Square Expansão, Barra Shopping e Condado de Cascais – a chef Carolina Sales não quer parar por aí. As duas últimas foram inauguradas no mesmo mês para dar conta de atender a demanda de encomendas.



“Não imaginava que ia dar nisso tudo. A loja do Condado hoje é a minha fábrica. Lá, temos uma cozinha industrial que nos permitiu saltar de 30 mil para 50 mil brigadeiros por mês”, orgulha-se.



A inspiração é tanta que ela tem ideias para novos sabores a cada dia. Além dos mais de 80 brigadeiros, a casa oferece releituras de doces como bolo da vovó, whoopie, brownie e cookie. As apresentações também são muitas: chocolate na bisnaga, fondue e panelinha.



Carolina estava na sua segunda faculdade quando começou a fabricar brigadeiros para vender, em maio do ano passado. Os doces eram comercializados para os amigos, no melhor estilo boca a boca. Veterinária formada, ela cursava Medicina enquanto mantinha um blog chamado “Rosa e Chic”, onde vendia caixinhas, balões para casamentos e maçãs confeitadas, que era o mais próximo de gastronomia que ousava comercializar. O primeiro passo foi criar um segmento “especial” na página, que deslanchou na rede e logo se mostrou uma ótima oportunidade de investimento.



“Quando me interessei e comecei a pesquisar este ramo, descobri que precisaria de inspiração nas lojinhas de São Paulo, já que aqui não havia nada parecido”.



Elizabeth Garber é a mulher dos quiosques. Famosa por seus chocolates, a chocolatièr também resolveu apostar no brigadeiro gourmet, com a “Brigaderia Fashion”. Ludicidade é a alma de seu negócio, que se apresenta como uma carruagem conversível verde recheada desses docinhos requintados dentro de shoppings – Rio Design Barra, Rio Sul e Botafogo Praia Shopping. A ideia surgiu após muitas idas a Paris, onde ela se apaixonou por uma carruagem que vendia macarrons (doce francês recheado).



“Brigadeiróloga” de carteirinha, começou a incluí-los no cardápio da sua outra empresa, mas a demanda era muito grande e não queria mudar o foco da Beth Chocolates. Foi aí que decidiu abrir, com Maria Lucia Seródio, um cantinho só para brigadeiros, com direito a todos os sabores, confeitos e tipos – tem até uma versão diet.



“Os clientes aos poucos ficavam encantados com a textura e os sabores dos nossos brigadeiros porque, por mais que inovássemos com os sabores, nunca fugimos do que realmente é um brigadeiro: leite condensado, chocolate e manteiga de boa qualidade”, explica.







O FLUMINENSE
Natália Klensorgen





Vídeo


Sensacional!

Fonte: Youtube

Mensagem aos Amigos!



Desejo a todos um Feliz Natal!
Esse cartão é lindo, recebi de um grande amigo e compartilho com vocês!
Natalícia

Alunos


Alunos são sempre alunos!
Vivem do presente.
Saudades de todos!

Natalícia

Quadrinho





Inteligente esse quadrinho.

Fonte: Facebook

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou esses alimentos entre os mais perigosos para o consumo

Um estudo divulgado esse ano pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou esses alimentos entre os mais perigosos para o consumo, por terem grande chance de sofrer contaminação excessiva ou uso errôneo de agrotóxicos. Aqui está, em ordem do mais perigoso para o menos, a lista dos top 10: pimentão (80,0%), uva (56,40%), pepino (54,80%), morango (50,80%), couve (44,20%), abacaxi (44,10%), mamão (38,80%), alface (38,40%), tomate (32,60%) e beterraba (32,00%).




Da ANVISA, sobre os resultados do relatório:



…chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil. De acordo com Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”. (grifo nosso)



A tabela a seguir mostra os resultados da pesquisa, que analisou amostras de 20 tipos de vegetais. Em 15 delas, encontrou agrotóxicos usados de forma irregular. A 1ª coluna mostra o número de amostras analisadas por alimento. Em seguida, na coluna ‘Não autorizados para cultura’, aparece o número absoluto e percentual das amostras onde aparece o uso irregular de agrotóxicos. No mesmo formato, a 3ª coluna ‘Acima do limite máximo de resíduo’ destaca as amostras que continham quantidades de agrotóxicos permitidos, mas além dos limites seguros. A 4ª coluna mostra a intersecção das amostras que se encaixam nas duas categorias. E, finalmente, a última coluna, mostra a chance de contaminação do alimento de acordo com a soma das modalidades anteriores. Os 5 alimentos que têm chance de contaminação abaixo de 10% estão marcados em verde água (de novo, o colorido é nosso). É um panorama nada animador, pois essa lista contém boa parte dos vegetais que, até mesmo por razões de saúde, somos incentivados a consumir.






A alternativa eficaz para evitar pesticidas é consumir orgânicos. Mas nem sempre isso é possível – já que esses vegetais costumam ser mais caros e não são encontrados em quantidade suficiente em todas as cidades. Por isso, uma solução intermediária é tentar eliminar os resíduos de agrotóxicos, quando possível. A nutricionista Cláudia Cardim, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, dá as dicas para isso.



•No caso de alimentos de origem animal (que podem ter sido contaminados pelos agrotóxicos pela água ou pela comida), retire a gordura aparente, pois algumas dessas substâncias são armazenadas no tecido gorduroso

•Lave frutas e verduras em água corrente por pelo menos um minuto, esfregando com uma esponja ou escova

•Tire as folhas externas das verduras e descasque as frutas, pois essas partes concentram mais agrotóxico

•Diversifique os vegetais consumidos no dia a dia, pois isso reduz a ingestão de quantidades maiores de um mesmo agrotóxico

•Como alguns pesticidas podem ser utilizados na fase final da maturação do alimento, reduza o risco comprando frutas e legumes mais verdes, e espere alguns dias antes de consumi-los.



Fonte:Por Patricia Patriota– 7 de dezembro de 2011


Publicado em: Curiosidades, Notícias


sábado, 26 de novembro de 2011

Generosidade e convivência em grupo

As famílias sofreram grandes mudanças nos últimos 40 anos, mais ou menos, e essas mudanças ainda não terminaram. Uma delas, bem significativa, foi a diminuição do número de filhos que decidem que devem ou podem ter principalmente porque ter e criar um filho custa hoje muito caro. Antes, um casal com quatro filhos e até mais era um fato muito comum. Hoje, quando encontramos uma família com mais de dois filhos, já nos surpreendemos.


Além do número de filhos, o tipo de vida das famílias grandes favorecia o ensinamento aos irmãos da partilha, da solidariedade, do companheirismo. Na época das grandes famílias, ter um filho único era preocupante porque parecia não haver condições propícias a esses aprendizados. Hoje, muitos casais com apenas um filho se preocupam pelo fato de essa situação, por si só, criar condições problemáticas para a formação e educação dos filhos. Vários leitores já escreveram manifestando essa impressão. Vale refletir a respeito.

Um ponto importante é o fato de que o contexto social ser decisivo na determinação de situações consideradas usuais e, portanto, na das consideradas exceções - viver como diferente sempre foi e ainda é bem difícil. Na época das grandes famílias, ter um filho único onerava os pais sobremaneira já que eles tinham de educar na ausência de referências socialmente compartilhadas porque essa não era uma situação vivida por muitos.

Hoje, mesmo a situação social tendo interferido radicalmente no número de integrantes das famílias, a preocupação dos pais continua. Mas o que temos visto é que, mesmo nas famílias com mais de um filho, todos são criados como se fossem filhos únicos, o que não favorece o surgimento daquelas situações que já foram consideradas ideais para determinados ensinamentos de convivência

Antes, o filho único não dividia seu quarto com ninguém, não precisava emprestar seus brinquedos nem vivia em casa situações que poderiam facilitar o aprendizado da tolerância ou da divisão da atenção dos pais.

Essas gerações mais novas não nasceram portadoras de um “chip novo”, como diz uma amiga, que programa determinados comportamentos. Elas têm aprendido a viver de acordo com a cultura do individualismo que as cerca e têm priorizado a posse das coisas mais do que o uso delas porque assim temos ensinado. O individualismo não combina com a generosidade, o clima competitivo não se conecta com a solidariedade, não é?

Então, se hoje apenas alguns pais com um único filho se preocupam com o tipo de educação que praticam porque querem evitar um filho egoísta, exigente e mimado, é porque há algo de equivocado em nossas interpretações. Talvez um dos equívocos seja o de acreditarmos que as situações vividas por crianças e jovens são mais decisivas em sua formação do que as atitudes educativas dos pais.

O fato é de que temos tido muita dificuldade para ensinar certas virtudes e atitudes na convivência porque nós mesmos não mais as exercermos. Como ensinar a ceder se sequer no trânsito somos capazes de permitir que outro carro entre a nossa frente? Como ensinar a tolerância se não suportarmos o que é diferente? Como ensinar a dialogar se não sabemos ouvir? Com ensinar a esperar a vez se fazemos de tudo para sermos os primeiros?

Os pais de filhos únicos não precisam se preocupar com essa situação específica da vida do filho e sim com todas as outras que invadem nossa vida e que ensinam a eles que não desejaríamos que aprendessem. E é preciso contar também com a vivência na escola. Lá eles podem e devem aprender a compartilhar, a saber esperar, a colaborar com os outros, a conter seus impulsos individualistas. É por isso que os pais não devem pedir à escola que trate seu filho de forma individualizada.



Fonte: Folha de SP. Rosely Sayão













domingo, 6 de novembro de 2011

A análise é de Edgar Morin- Religião de salvação terrestre


A esquerda é uma noção complexa, no sentido em que este termo comporta nele mesmo, unidade, concorrências e antagonismos. A unidade está em suas fontes: a aspiração a um mundo melhor, a emancipação dos oprimidos, explorados, humilhados, ofendidos, a universalidade dos direitos do homem e da mulher.”




A análise é de Edgar Morin, filósofo "indisciplinado" francês, nascido em 1921


Diretor emérito de pesquisa no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica), Edgar Morin promove uma política de civilização e ao mesmo tempo uma reforma do pensamento. Este intelectual fora da norma analisou bem o fenômeno yé-yé como a nova idade ecológica, as estrelas e a crise da modernidade. O artigo foi publicado no jornal Le Monde, 23-05-2010. A tradução é de Cristina Poersch.



A esquerda. Eu sempre repugnei este “a” unificador que oculta as diferenças, as oposições e os conflitos. Porque a esquerda é uma noção complexa, no sentido em que este termo comporta nele mesmo, unidade, concorrências e antagonismos. A unidade está em suas fontes: a aspiração a um mundo melhor, a emancipação dos oprimidos, explorados, humilhados, ofendidos, a universalidade dos direitos do homem e da mulher. Estas fontes, ativadas pelo pensamento humanista, pelas idéias da Revolução Francesa e pela tradição republicana, irrigaram, no século XIX, o pensamento socialista, o pensamento comunista, o pensamento libertário.



A palavra “libertário” centraliza-se na autonomia dos indivíduos e dos grupos, a palavra “socialista” na melhora da sociedade, a palavra “comunista” na necessidade da comunidade fraternal entre os humanos. Mas as correntes libertárias, socialistas, comunistas tornaram-se concorrentes. Estas correntes encontraram-se também em antagonismos, em que alguns tornaram-se mortíferos, desde o esmagamento da revolta spartakista por um governo social-democrata alemão até a eliminação dos socialistas e anarquistas pelo comunismo soviético.



As frentes populares, as uniões da Resistência foram somente momentos efêmeros.



E após a vitória socialista, em 1981, uma traição, na qual François Mitterrand foi o hábil estrategista, asfixiou o Partido Comunista.



É por isso que eu sempre combati o “a” esclerosante e mentiroso da esquerda, reconhecendo a unidade das fontes e aspirações. As aspirações a um mundo melhor sempre basearam-se na obra de pensadores. Os Iluministas de Voltaire e Diderot, unidos às idéias antagonistas de Rousseau, irrigaram o 1789. Marx foi o formidável pensador que inspirou, ao mesmo tempo, a social-democracia e o comunismo, até que a social-democracia se torne reformista. Proudhon foi o inspirador de um socialismo não marxista. Bakounine e Kropotkine foram os inspiradores das correntes libertárias.



Estes atores são-nos necessários, mas insuficientes para pensar nosso mundo. Fomos obrigados a empreender um gigantesco esforço de repensamento, que possa integrar os inúmeros conhecimentos dispersados e compartimentados para considerar nossa situação e nosso tornar-se no nosso Universo, na biosfera, na nossa História.



É preciso pensar nossa era planetária que tomou forma de globalização na unificação técnico-econômica que se desenvolve a partir dos anos 90. A nave espacial Terra é propulsada a uma velocidade vertiginosa pelos quatro motores incontrolados ciência-técnica-economia-lucro. Esta corrida nos conduz a perigos crescentes, a turbulências crisiques [1] e a críticas de uma economia capitalista desencadeada, à degradação da biosfera, que é nosso meio vital, a convulsões belicosas crescentes coincidindo com a multiplicação das armas de destruição massiva, todos estes perigos desenvolvendo-se mutuamente entre si.



Devemos considerar que estamos, no presente, numa fase regressiva de nossa história. O “colapso” do comunismo, que foi uma religião de saudação terrestre, foi seguido pelo retorno eruptivo das religiões da saudação celeste: nacionalismos adormecidos entraram em virulência, aspirações etno-religiosas, para aceder ao Estado-nação, desencadearam guerras de secessão.



Consideramos a grande regressão européia. Primeiramente, vamos relativizá-la, porque foi um grande progresso a emancipação das nações submetidas à URSS. Mas a independência destas nações suscitou um nacionalismo reduzido e xenófobo. A explosão da economia liberal superexcitou, ao mesmo tempo, a aspiração aos moldes de vida e consumos ocidentais e a nostalgia das seguranças da época soviética, mantendo o ódio da Rússia. Também as idéias e os partidos de esquerda estão no grau zero nas democracias populares.



No Oeste, não é somente a globalização que varreu os direitos sociais do pós-guerra, eliminando um grande número de indústrias incapazes de sustentar a concorrência asiática, provocando as transferências de indústrias eliminadoras de empregos; não é somente a corrida desenfreada ao rendimento que “sugou” as empresas expulsando muitos empregados e operários; é também a incapacidade de partidos considerados para representar o mundo popular de elaborar uma política que responda a estes desafios. O Partido Comunista tornou-se uma estrela anã, os movimentos trotskistas, apesar de uma denúncia justa do capitalismo, são incapazes de enunciar uma alternativa. O Partido Socialista hesita entre sua velha linguagem e uma “modernização” considerada ser realista, ao passo que a modernidade está em crise.



Mais grave ainda é o desaparecimento do povo de esquerda. Este povo, formado pela tradição vinda de 1789, (re)atualizada pela III República, foi cultivado nas idéias humanistas pelos professores, pelas escolas de formação socialistas, depois comunistas, as quais ensinavam a fraternidade internacionalista e a aspiração a um mundo melhor. O combate contra a exploração dos trabalhadores, o acolhimento do imigrante, a defesa dos fracos, a preocupação com a justiça social, tudo isto nutriu durante um século o povo de esquerda e a Resistência sobre a Ocupação regenerou a mensagem.



Mas a degradação da missão do professor, a esclerose dos partidos de esquerda, a decadência dos sindicatos cessaram de nutrir de ideologia emancipadora um povo de esquerda cujos últimos representantes, idosos, vão desaparecer. Resta a esquerda bobo [2] e a esquerda caviar [3]. E então racismo e xenofobia, que nos trabalhadores votando na esquerda, expressam-se somente no privado, entram na esfera política e conduzem a votar, como aconteceu, em Jean-Marie Le Pen. Uma França reacionária exilada na segunda fila no século XX, menos durante o movimento de Vichy, chega na primeira fila, endurecida, chauvinista, com soberania. Ela deseja a expulsão dos imigrantes clandestinos, a repressão cruel dos jovens das periferias, ela exorciza a angústia de tempos presentes no ódio ao Islã, ao magrebino, ao africano, e, discretamente, ao judeu, apesar de sua alegria de ver Israel tratar a Palestina como o cristão tratava o judeu.



A vitória de Nicolas Sarkosy foi devida, secundariamente, à sua astúcia política, principalmente à falta de esquerdas. Sob formas diferentes, a mesma situação na Itália, na Alemanha e na Holanda, países cujo livre pensamento torna-se xenófobo e reacionário.



A situação exige, ao mesmo tempo, uma resistência e uma regeneração do pensamento político.



Não se trata de conceber um “modelo de sociedade” (que poderia ser estático num mundo dinâmico), nem mesmo procurar algum oxigênio da idéia da utopia. Precisamos elaborar um Caminho, que poderá se formar somente da confluência de múltiplos caminhos reformadores, e que trariam, se não for tarde demais, a decomposição da corrida louca e suicidaria que nos leva aos abismos.



O caminho que hoje parece inultrapassável pode ser ultrapassado. O novo caminho conduziria a uma metamorfose da humanidade: a acessão a uma sociedade-mundo de tipo absolutamente novo. Ele permitiria associar a progressividade do reformismo e a radicalidade da revolução. Aparentemente, nada começou. Mas em todos os lugares, países e continentes, incluído na França, há multiplicidade de iniciativas de todas as ordens, econômicas, ecológicas, sociais, políticas, pedagógicas, urbanas, rurais, que encontram soluções aos problemas vitais e são portadoras do futuro. Elas são esparsas, separadas, compartimentadas, ignorando-se umas às outras... Elas são ignoradas de partidos, de administradores, de mídias. Elas merecem ser conhecidas e que suas conjunções permitam entrever caminhos reformadores.



Como tudo é a transformar, e que todas as reformas são solidárias e dependentes umas das outras, não posso aqui recenseá-las, isto será o trabalho de um livro ulterior, talvez o último. Indicamos somente aqui e, muito resumidamente, os caminhos de uma reforma da democracia.



A democracia parlamentar, se esta for necessária, é insuficiente. Seria preciso conceber e propor os modos de uma democracia participativa, realmente nas escalas locais. Seria útil, ao mesmo tempo, favorecer um despertar cidadão, e este é inseparável de uma regeneração do pensamento político, assim como da formação de militantes para os grandes problemas. Seria também útil multiplicar as universidades populares que ofereceriam aos cidadãos uma iniciação às ciências políticas, sociológicas, econômicas.



Seria igualmente preciso adotar e adaptar uma espécie de concepção neoconfuciana nas carreiras da administração pública e nas profissões que comportam uma missão cívica (professores, médicos), isto é, promover uma maneira de recrutamento levando em consideração os valores morais do candidato, suas aptidões à “benevolência” (atenção alheia), à compaixão, sua devoção ao bem público, sua preocupação de justiça e igualdade.



Preparamos um novo começo ligando as três estirpes (libertária, socialista, comunista) acrescentando nelas a estirpe ecológica numa tetralogia. Isto implica, evidentemente, a decomposição das estruturas partidárias existentes, uma grande recomposição de acordo com a fórmula ampla e aberta, o aporte de um pensamento político regenerado.



Certamente, precisamos, antes de tudo, resistir à barbárie que aumenta. Mas o “não” de uma resistência deve se nutrir de um “sim” a nossas aspirações. A resistência a tudo que se degrada o homem pelo homem, às realimentações, aos desprezos, às humilhações, nutre-se da aspiração, e não ao melhor do mundo, mas a um mundo melhor. Esta aspiração que não parou de nascer e de renascer ao longo da história humana, renascerá ainda.



Fonte:http: //www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=4138:edgar-morin-o-que-seria-minha-esquerda&catid=99:batalha-de-ideias&Itemid=113

Observação: a expressão "religião de saudação terrestre", que aparece no texto, contém um erro de digitação. O correto é "religião de salvação terrestre", conforme uma conhecida análise que o autor desenvolveu em livro anterior (Terra-Pátria).





domingo, 30 de outubro de 2011

Audioteca Sal e Luz

Queridos amigos, para seu conhecimento e divulgação dentro de suas possibilidades!
 Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e que corre o risco de acabar.


A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que é isto?

São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.



Nos ajude divulgando!!!



Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.

Eles podem solicit ar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...



Ajudem-nos. Divulguem!



Atenciosamente,



Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000

Fone: (21) 2233-8007

Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas



http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de Dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!

Então conto com a ajuda de vocês: repassem!

Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo.

É um belo trabalho!

Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia.

É tudo do que eles precisam.




Fonte: recebido por email- Valéria, grata!

"Vende-se Tudo"... Martha Medeiros


No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.

O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento.

Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes.

O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi.

Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava para subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.

Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.

Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.

Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.

Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que se torna cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida…

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

… só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir.



Fonte: Vende-se Tudo… – Martha Medeiros- recebido por e.mail, grata Claudinha.







segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A aventura de ensinar, criar e educar.


O educador lida com a arte de educar. O instrumento de sua arte é a pedagogia. Ciência da educação, do ensinar. É no seu ensinar que se dá seu aprendizado de artista. Toda pedagogia sedimenta –se num método. Maneira de ordenar, organizar com disciplina, a ação pedagógica segundo certos pressupostos teóricos. Toda pedagogia está sempre engajada a uma concepção de sociedade, política. É neste sentido que nesta concepção de educação de educação este educador faz arte, ciência e política. Faz política quando alicerça seu fazer pedagógico a favor ou contra uma classe social determinada. Faz ciência quando apoiado no método de investigação científica estrutura sua ação pedagógica. Faz arte porque cotidianamente enfrenta – se com o processo de criação na sua prática educativa, onde no dia – a - dia lida com o imaginário e o inusitado. A ação criadora envolve o estruturar, dar forma significativa ao conhecimento. Toda ação criadora consiste em transpor certas possibilidades latentes para o campo do possível, do real.



Assim, como o próprio viver, o cria é um processo existencial. Não lida apenas com pensamentos, nem somente com emoções, mas se origina nas profundezas de nosso ser, onde a emoção permeia os pensamentos ao mesmo tempo que a inteligência estrutura, organiza as emoções. A ação criadora dá forma, torna inteligível, compreensível o mundo das emoções. É nesta busca de significados que o educador estrutura, organiza a consciência de seu viver pedagógico.



O ato criador é o processo de dar forma, dar vida aos nossos desejos. Para isso, é necessário estar concentrado – como corpo e a mente presentes – para desenvolver o esforço na educação do desejo que traz o germe da paixão.



Paixão que precisa ser educada...



No exercício disciplinado de sua arte (mediado por seus instrumentos metodológicos), é que a paixão de educador é educada. Educador ensina a pensar, e enquanto ensina, sistematiza e apropria – se do seu pensar. Pensar é o eixo da aprendizagem. Para pensar e aprender tem – se perguntar. E para perguntar é necessário existir espaço de liberdade e abertura para o prazer e o sofrimento inerentes a todo processo de construção do conhecimento. A pergunta é um do sintomas do saber. Toda pergunta revela o nível da hipótese em que se encontra o pensamento e a construção do conhecimento. Revela também a intensidade da chama do desejo, da curiosidade de vida. Ansiedades, confusões e inseguranças são constitutivas do processo de pensar e aprender. Assim como também o imaginar, o fantasiar e o sonhar. Não existe pensamento criador sem estes ingredientes. Educador ensina a pensar. Mas somente pensar não basta. Educador ensina a pensar e a agir, segundo o que se pensa quando se faz. Nesta concepção de educação o educador é um leitor, escritor, pesquisador, que faz ciência da educação.



Graduada em Pedagogia pela USP Madalena Freire dedica-se desde 1981 à formação de educadores com grupos de reflexão e estudo.



PPD recomenda sua obra: A paixão de conhecer o mundo. São Paulo: Paz e Terra, 2003 (16ª edição).



Fonte:  A Aventura de ensinar, criar e educar. Madalena Freire




A importância de se impor limites as crianças

Segundo Vazquez (2003) o homem, quando superou sua natureza instintiva passou, efetivamente, a possuir uma natureza social e tornou-se membro de uma sociedade. Desta evolução, surgiu a moral, com o objetivo de estabelecer e assegurar a harmonia e o equilíbrio entre os comportamentos dos membros de uma sociedade e os interesses coletivos da mesma. E, através dos conjuntos de normas e regras estabelecidos pela moral, o homem aprendeu a regular suas inter-relações sociais.



A moral pode ser considerada como história, pois remonta desde a Antigüidade, período feudal, Idade Média ( burguesia ), sociedade moderna e contemporânea, como também por ser o que determinará o comportamento social do homem que como um ser dinâmico em constante processo de imitação e consequentemente entre um ser histórico, necessita de limitações pró-sociais e conscientes que lhe permitam o comportamento adequado socialmente, ao focalizar o bom e o proveitoso, como interesses da coletividade, ao invés dos indivíduos, contribuindo desta maneira para a união e estabelecimento dos deveres e dos direitos dos homens tal como desenvolverem nos mesmos as virtudes da solidariedade, da disciplina, da educação e amor aos filhos, ao contrário da covardia, indisciplina egoísmo e outros vícios que possam contribuir para a desunião dos grupos sociais.



A sociedade representa o limite moral do ser social, porque a coletividade absorve e controla o indivíduo através de suas normas e princípios; sobretudo pelos costumes e tradições.



Entretanto, o processo de estabelecimento de limites não poderá ocorrer alheio ao progresso histórico-social, apesar de serem distintos, por ser o desenvolvimento produtivo do homem um processo concomitante ao seu progresso humano de ser social, ou seja, à partir de sua práxis social, o homem terá o seu índice de progresso na liberdade relativo a necessidade social. A produção do homem (trabalho) preservará a sua autonomia espiritual, cultural e social, tal como o seu desenvolvimento moral (limites). Contudo, infelizmente, paralelo ao progresso histórico de desenvolvimento moral positivo do homem, existe o progresso moral negativo, no qual a violência, o crime e a degradação moral podem ser constatados nos dias atuais através dos índices cada vez maiores de atentados terroristas, sejam por contradições religiosas, políticas ou por insatisfações pessoais. Posto isto, é que existe a necessidade premente do homem em assumir a responsabilidade de seus comportamentos.



A construção de limites deve iniciar cedo. Ao nascer, a criança inicia seu processo de individualização que se dará através dos cuidados da mãe com o bebê. Nesta etapa, o colo é importante, pois permite que o bebê conheça os limites entre o eu e o não eu. Entre os sete e nove meses as crianças começam a engatinhar, e, assim, partem para explorar o mundo. Nessa idade, elas já são capazes de compreender o sentido do não, mas ainda não entendem totalmente o significado da proibição. Nesta época, recomenda-se que os locais perigosos ou que reúnam objetos importantes sejam interditados. Isso irá ajudar no aprendizado do sentido da proibição, que deve ser enfatizado verbalmente.



[...] educar implica sempre, em maior ou menor grau, a necessidade de limitar, de às vezes dizer não, de negar algumas coisas aos filhos. Dizer não nessas circunstâncias pode se tornar uma coisa difícil, para muitos, talvez uma barreira intransponível. (ZAGURY, 2000, p.24)



As crianças da atualidade vêm sendo vítimas da tentativa de "modernizar" a educação ao meio familiar. São vítimas porque não se tem conseguido atingir o objetivo desejado. Não se deve esquecer que o equilíbrio deve ser a base de todas as atitudes, comportamentos, enfim, de tudo que, principalmente, diga respeito a educação infantil. Desde a década de 60 era comum que as crianças fossem tratadas com pouca ou nenhuma consideração. Suas idéias não tinham valor e às vezes nem eram ouvidas ou solicitadas; suas vontades não eram consideradas e não lhes era dado o direito de questionamento. O poder do adulto sobre a criança era claro e inquestionável.



As crianças eram vistas como pessoas que não sabiam nada e que ainda tinham tudo para aprender, mas, ao mesmo tempo, eram cobrados comportamentos de adultos, pois tinham que ser responsáveis e compreender as regras sociais. Então eram tratadas como adultos pequenos. Atualmente, começou a se evidenciar a necessidade de uma mudança na estrutura familiar.



"Hoje em dia, no meio em que vivemos, a liberalidade é grandemente incentivada.Torna-se, pois difícil para os pais discernirem em que situação, devem ou não ser severos, porque a severidade passou a ter uma conotação negativa, sendo encarada como uma forma de autoritarismo, o que agrava a insegurança dos pais quanto à tomada de decisões". (ZAGURY, 2002, p.46)



Os papéis não se apresentavam mais tão rigidamente constituídos. Mães saíam para trabalhar e as responsabilidades domésticas eram divididas, os pais começavam a ter mais "peso" na educação dos filhos, antes exclusividade materna. Mas, não se tinha a receita dessa nova família, o que aconteceu foi que alguns pais confundiram o que seria uma relação mais aberta, íntima e afetuosa, com falta de limites.



Consequentemente, muitas famílias começaram a enfrentar um problema: o poder passou para os filhos. Agora, eles tentavam cercear os pais, querendo ditar as regras na família. Os pais, na procura de uma educação menos rígida e castradora, acabaram criando filhos "mandões" e sem noção de direitos e deveres, sem limites - o que é imprescindível para a vida na sociedade conforme Zagury (2002, p.46) "Filhos de pais severos podem realmente tornar-se dependentes e inseguros, da mesma forma que os filhos de pais permissivos podem apresentar as mesmas características".



Não se deve perder de vista a necessidade e o respeito recíproco, da abertura, da confiança, da intimidade e da expressão de sentimentos nessas relações. Porém, isso não implica uma liberdade total e ausência de regras. Implica, sim, numa relação e numa educação mais flexível e consciente; onde regras e limites estão presentes.



A falta de limites pode provocar na criança a sensação de abandono, pela falta de orientação e controle dos pais sobre o que pode ou não fazer e a ilusão de que pode fazer e ter o que quiser. É importante para ela a concepção de limites dada pelos pais ou pessoas que os substituam, pois, com isso, se sente segura.



"Os pode" e os "não pode", devem ser internalizados pelas crianças, desde a primeira infância, cabendo aos pais e também a escola a importante e fundamental tarefa de estabelecimento de limites e regras básicas de convivência, ou seja, o processo de socialização essencial para o desenvolvimento psíquico-social futuro das mesmas. Por vezes, este processo perde a continuidade devido os pais sentirem-se inseguros, culpados por sua ausência (conseqüência de pais profissionalmente realizados) ou medo de serem antiquados e autoritários, e permitirem que seus filhos perpetuem o meio social, primeiro através do grito (berra e esperneia), depois pela violência e agressão. Os pais devem ensinar a civilidade a seus filhos substituindo os atos que a criança tem no início da vida por formas reconhecidas socialmente.



Conforme Zagury, pais inseguros e sem convicção sobre suas reais responsabilidades, tendem a criar conflitos com os filhos, especialmente, os da classe média e alta, pelo fato destes terem sido acostumados a obterem tudo o que desejassem. Habituam seus filhos a um padrão de vida sem consciência da realidade que os cerca, economicamente ou socialmente, desenvolvendo desta maneira uma certa indiferença ou desvalorização ao que possuem e ao que desejariam possuir, aprendendo apenas a consumir, "pediu, ganhou. Desejou, teve". Os filhos deixam de se perceberem "membros" da família, de uma sociedade, para sentirem-se "senhores" das mesmas com todos os direitos, entretanto, sem nenhum dever nem interesse pelo outro produzindo assim a tirania.



"É fundamental restituir aos pais a coragem que eles perderam, talvez até sem sentir, na tentativa de encontrar um novo caminho nas suas relações com os filhos. É preciso evitar que se invertam os papéis de dominador-dominado /dominado-dominador. Isto pura e simplesmente não conduzirá a nada de positivo". (ZAGURY, 2002, p.26)



Todo estudo investigativo parte de uma questão problemática. A preocupação em observar o comportamento da criança na faixa etária em questão, requer compreender os limites que ela deve ter para uma convivência socialmente integrada. Em vista do exposto, o problema que norteou o estudo foi perceber quais as conseqüências apontadas pelos professores, da falta de limites para o desenvolvimento social de crianças de classe média.



Observa-se que a criança deve saber obedecer às normas de convívio social, o que será fundamental para o equilíbrio de sua formação adulta, tornando-se evidente que os pais são os primeiros orientadores que irão nortear as atitudes da criança em sua fase de desenvolvimento infantil.



É fundamental para a boa educação do ser humano, que pais e professores acreditem no estabelecimento dos limites como um processo de compreensão e apreensão do outro através do respeito, pois, não se pode ultrapassar os limites que este terá estabelecido para si, nem satisfazer somente aos próprios desejos sem pensar nos direitos do outro.



Fonte:  enviado por e.mail: A importância de se impor limites as crianças - Paty Fonte




ENEM, apresenta um quadrinho do André Dahmer

Como mostrei em uma das apresentações abaixo, os quadrinhos devem ser leitura obrigatória em todas as disciplinas.




E este ano o ENEM, apresenta um quadrinho do André Dahmer, criador dos MALVADOS como um tema base para a redação.

Não conhece os Malvados?

Aproveite para conhecer aqui .E compre o livro que é ótimo.



O quadrinho usado como um dos temas provocadores para a Redação: Viver em Rede no Século XXI: os limites entre o público e o privado, é este:



 
Leia mais sobre a prova do ENEM no Jornal O GLOBO E aproveite para incluir quadrinhos em suas próximas aulas!!
 
Fonte: http://quadrinhos-escola.blogspot.com/

Quadrinhos na Escola

domingo, 16 de outubro de 2011

As transformações do mundo contemporâneo – Luc Ferry e Jorge Forbes



A conferência de Ferry sobre As transformações do mundo contemporâneo teve mediação do psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes. Notável defensor do humanismo secular, filosofia baseada na razão, na ética e na justiça, Ferry é professor de Filosofia nas universidades francesas de Lyon II, de Caen, e de Paris VII, e também um dos fundadores do Collège de Philosophie.




Reconhecido por sua didática em ensinar filosofia, suas obras combinam formação acadêmica sólida com um texto acessível. O best-seller Aprender a viver, lançado em 2006, vendeu 700 mil exemplares, 40 mil deles no Brasil. Como ministro da Educação da França, de 2002 a 2004, foi o mentor da polêmica lei que baniu o uso de véu pelas estudantes muçulmanas nas escolas públicas francesas.



Jorge Forbes







A mediação da conferência de Ferry foi feita pelo psicanalista e médico psiquiatra Jorge Forbes, um dos principais introdutores do pensamento de Jacques Lacan no Brasil, de quem frequentou os seminários em Paris, de 1976 a 1981. Forbes teve participação fundamental na criação da Escola Brasileira de Psicanálise, da qual foi o primeiro diretor-geral. Preside o IPLA – Instituto da Psicanálise Lacaniana e o Projeto Análise (www.projetoanalise.com.br) e dirige a Clínica de Psicanálise do Centro do Genoma Humano – USP. Tem vários artigos publicados no Brasil e no exterior. É autor, dentre outros livros, de Você Quer o Que Deseja?, e co-autor de A Invenção do Futuro, em que pensa soluções para viver nessa nova era de quebra dos ideais.



As transformações do mundo contemporâneo – Luc Ferry e Jorge Forbes (traduzido) from cpfl cultura on Vimeo.

Mudando Paradigmas na Educação (Dublado) - RSA Animate



Fonte: Youtube

Você pode vencer!




Fonte: Youtube

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Aos mestres sem carinho



Leio na internet que professores da rede pública estadual mineira se acorrentaram a um monumento em uma praça de Belo Horizonte e ali fazem greve de fome para exigir que o governo do Estado (PSDB) lhes pague o piso nacional determinado por lei federal.




Há não muito tempo, em São Paulo, os mestres foram à rua aos milhares protestar por salários decentes. O governo do Estado (PSDB) atirou sua polícia hidrófoba contra manifestantes que foram espancados sem dó nem piedade, como se fossem criminosos.



O salário que o governo mineiro não quer pagar a esses professores revoltosos é de pouco mais de mil reais – não é brincadeira, o valor é esse mesmo!



Repito aqui, portanto, uma história que já contei, mas que precisa ser contada tanto quanto possível na esperança de que sirva para indicar aos professores um caminho, já que os pais dos alunos da escola pública vivem no mundo da lua.



À época da última paralisação de professores paulistas, uma de minhas filhas hospedava uma amiga francesa, professora universitária que veio ao Brasil em intercâmbio com a USP. Quando a moça soube que haveria manifestação ali perto (minha filha mora perto da avenida Paulista), quis ir ver.



Quanto ao tamanho da manifestação, achou extremamente pequena para um país deste tamanho, apesar de ter reunido dezenas de milhares de docentes. Mas o que mais a espantou foi não ter visto os pais dos alunos e os próprios unidos aos mestres no protesto.



Celine, a jovem docente francesa, comentava que se os professores da rede pública de seu país fossem mal pagos como os do nosso os pais dos alunos quebrariam tudo e paralisariam o país, pois lá quase todo mundo estuda em escola pública, como aqui.



Paulistas, mineiros, enfim, o povo de todas as unidades da federação não se revolta contra os governos estaduais e municipais. A mídia, que no Brasil é toda de direita, não estimula os pais dos alunos a apoiarem os professores porque eles são sindicalizados e a direita odeia sindicatos.



Em vez de os professores saírem sozinhos à rua enquanto a mídia entrevista madames motorizadas e revoltadas com os manifestantes porque pararam o tráfego – obviamente porque têm seus filhos na rede privada de ensino –, deveriam conscientizar os pais dos alunos.



Uma paralisação das redes públicas estaduais e municipais que reunisse professores, alunos e mestres obrigaria esses governos irresponsáveis a investirem de verdade em Educação, porque dinheiro há. Mas é mais fácil contarem com a mídia para demonizar os professores.



A imprensa fica ao lado de governadores corruptos e irresponsáveis como os de São Paulo e Minas Gerais porque compram publicidade oficial ou assinaturas da Veja, do Estadão, da Folha, do Estado de Minas etc. E o futuro do país que se dane.



Não adianta professores se acorrentarem a monumentos e fazerem greve de fome para ganhar pouco mais de mil reais. Têm que começar a preparar paralisação que conte com pais dos alunos. Aí quero ver o Alckmin ou o Anastasia mandarem suas polícias agredi-los.



Se você quer combater a mídia que ajuda a manter a Educação brasileira nesse estado, adira ao ato público que o Movimento dos Sem Mídia fará no Masp, em São Paulo, no próximo sábado, às 14 horas.



Veja, abaixo, o vídeo que mostra situação dos docentes mineiros e o transe em que vive uma população que trata sem o menor carinho aqueles que espera que se dediquem aos seus filhos.






Fonte: http://www.blogcidadania.com.br/2011/09/aos-mestres-sem-carinho/

domingo, 18 de setembro de 2011

A Inclusão Social da Pessoa com Deficiência e a produção de vínculos interpessoais




Trata-se de um curso que tem como objetivo capacitar os participantes para desenvolver o aprendizado e potencializar a criatividade dos chamados alunos com deficiência, além de promover uma reflexão crítica sobre o que é a inclusão social. Pretende ainda construir caminhos facilitadores para a inclusão, tendo como foco a diversidade humana, e produzir um novo olhar sobre o que é ser igual e diferente na sociedade atual




Serão oito encontros, às quinta feiras, de outubro à novembro



Horário dos encontros: 19:00 às 21:00



Docente - Guga Dorea: Sociólogo, Jornalista e Educador



Investimentos: R$ 150,00 mensais





Fonte:  http://romanticos-conspiradores.ning.com/profile/NataliciaAlfradique







sexta-feira, 16 de setembro de 2011

As Razões do Ódio- Luiz Felipe Pondé

As Razões do Ódio


Por Luiz Felipe Pondé



Podemos amar sempre? O cristianismo diz que amar ao próximo é uma possibilidade e uma salvação para todos. Mas, e todo mundo merecer amor? A nova hipocrisia (“o totalitarismo do bem social”) diz que sim, basta darmos aos homens e mulheres boa educação, condições de vida, ferramentas de auto-estima, um meio ambiente sustentável, enfim, instrumentos para a transformação do ser humano em um ser de luz, tolerância e amor social. Alguns crêem que o mal seja apenas uma palavra para descrever o mundo da ignorância e do irracional.



Combatendo a ilusão da religião e dos mitos, pautando a vida pela ciência e pela certeza do avanço político alcançado (o dogma da democracia), muitos de nós, respiramos aliviados. Doce ilusão. Seria o ser humano capaz de deixar pra atrás seus fantasmas de ódio, rancor, inveja e destruição? Vamos ouvir o que alguns filósofos têm a dizer sobre isso: Aristóteles, Marco Aurélio, Hobbes, os iluministas, Nietzsche, Freud, Adorno, Sartre, Hannah Arendt, Foucault, Sloterdijk, entre outros.



A hipótese deste módulo é que não. A vocação para o ódio e para o mal no homem e na mulher é algo intrínseco. Suas formas históricas são variadas, mas a fonte é sempre a mesma: somos um animal assustado, acuado, insatisfeito, que compara sucessos, que se sente injustiçado, em sofrimento continuo.



O diagnóstico que este módulo propõe analisar é que as “tentações do bem” – forma contemporânea de negação neurótica da sombra assustadora do humano, materializada no politicamente correto, no neopaganismo de uma natureza pretensamente santa, numa obsessão de saúde, enfim, numa política de mentira sistemática acerca dos limites do bem e do amor na vida concreta – fazem do homem um exilado de si mesmo, sem condições de olhar a si mesmo no espelho e ver a escuridão que também o habita e o constitui. Sempre haverá guerras, mortes, injustiça, medo porque estas são faces do humano, assim como o são sua capacidade para a arte, ciência, filosofia e moral.



Durante quatro encontros, quatro pensadores discorrerão pelas sombras do humano apontando quatro tópicos distintos, mas relacionados, buscando por diante de nós as razões do ódio e como compreender algumas das causas de sua existência eterna e constante, contra as ilusões de um mundo que se diz melhor pelo amor à mentira.


Fonte: CPFL Cultura

Foto da Web



Imagem que revela um sentimento!

Natalícia

domingo, 11 de setembro de 2011

Filme: " Se Enlouquecer não se apaixone"


Ver Filme Se Enlouquecer Não Se Apaixone Dublado Online Grátis | Filme Lançamento Assistir Se Enlouquecer Não Se Apaixone Grátis Megavideo – Baixar It’s Kind of a Funny Story 2010 DVDRIP AVI RMVB Download Completo.

Após desavenças sérias na escola, Craig (Keir Gilchrist) é forçado a passar alguns dias em uma clinica psiquiátrica. Como não há uma ala para adolescentes, Craig, passa a conviver com adultos que possuem diversificados problemas mentais e se apaixona por uma moça um tanto desequilibrada.



Título Original: It’s Kind of a Funny Story

Áudio: Inglês

Legenda: S/L

Tempo de Duração: 101 minutos

Ano de Lançamento: 2010

País de Origem: EUA

Gênero: Comédia / Drama




Bom filme. Vale a pena conferir!

Natalícia

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Maus hábitos- Mubarack

Um profissional é o somatório de sua genética com o que aprendeu na família, na escola, na comunidade e nas empresas onde trabalhou. Tenho conhecido muitas pessoas com genética boa, mas com maus hábitos, o que acaba por prejudicá-las em suas carreiras.

São pequenas mas desagradáveis atitudes que atrapalham muita gente e que acabam por desqualificar bons funcionários. Não basta ter conhecimentos técnicos ou gerenciais, é necessário APRENDER A TRABALHAR.

Raramente se ensina para alguém como trabalhar e isto independe da atividade de cada um. Vale para qualquer profissão. Vejamos alguns hábitos muito ruins e freqüentes em nossos profissionais:

1. NÃO ANOTAR: em alguns cursos, interrompo a aula e digo para minha platéia, que não toma nota de nada: "Vocês não estão assistindo a um show. Isto é um treinamento e quanto mais vocês anotarem, mais vocês aprenderão. Não adianta ficar de braços cruzados apenas me ouvindo".

2. NÃO UTILIZAR AGENDA: fico muito desapontado quando peço algo para uma pessoa ou quando marco uma reunião e ela não toma nota na agenda. Este mau hábito demonstra pouco caso com o compromisso assumido e aumenta a probabilidade do esquecimento.

3. NÃO OUVIR: hábito deplorável, muito comum em diretores e presidentes. Quando você fala mais do que ouve, você pára de aprender e fica obsoleto. Ouvir o que outros falam é uma atitude que demonstra inteligência e respeito.

4. NÃO DAR RETORNO: se um profissional não pode atender ao telefone ou responder imediatamente um e-mail, deve fazê-lo o mais rápido possível, preferencialmente no mesmo dia. Conheço pessoas que jamais dão retorno. Você tem que ligar uma segunda vez.

5. NÃO SER PONTUAL: péssimo hábito, identificador de absoluta falta de respeito. Há pessoas que SEMPRE se atrasam. Observe a cara ridícula desta gente quando entra em uma reunião ou em um curso e atrapalha a todos!

6. NÃO TER O MÍNIMO DE ETIQUETA: manifestar PRECONCEITOS, RACISMOS, atender o celular no meio de um curso, manter conversas paralelas em uma reunião.

7. NÃO LER NEM ESTUDAR: profissionais que não sabem pesquisar nem ler nem estudar não são profissionais. São amadores que devem ser imediatamente descartados. Uma empresa não progride com gente ignorante trabalhando em sua equipe.

8. SER DEFINITIVO DEMAIS: é a característica do burro por convicção. Ele tem opiniões formadas sobre todos os assuntos e jamais se permite análise crítica. Como "sabe tudo", não aprende nada e permanece mergulhado em uma ignorância profunda.

9. NÃO PERDER A PIADA: são aqueles caras engraçados que fazem todo mundo rir. Um circo de segunda classe talvez fosse o lugar mais adequado para esta gente. Ter bom humor é fundamental, mas estar sempre rindo e contando piadas (especialmente se for para debochar dos colegas ou da própria empresa) é característica de alguma patologia que mereceria ser investigada por um psiquiatra.

10. NÃO SE PREPARAR PARA UMA REUNIÃO: são profissionais que vão para reuniões e para cursos "de mãos abanando", sem qualquer tipo de preparo. Atitude deplorável, que prejudica a produtividade das atividades e atrapalha o grupo.

11. PROCRASTINAR: o popular "empurrar com a barriga". São os preguiçosos que sempre deixam algo para amanhã. Não fazem nada rápido e não tem senso de urgência.

12. SER ADEPTO DE FOFOCAS: expor a própria vida privada e a dos outros. A fofoca, embora possa parecer inofensiva, tem efeitos muito nocivos na produtividade e no ambiente de trabalho.

13. NÃO TER A VIDA FINANCEIRA ORGANIZADA: aquela velha máxima de deixar os problemas pessoais "atrás da porta" quando se entra no trabalho não funciona. Quem tem a vida financeira e pessoal desorganizada é um profissional de segunda linha, que frequentemente perde o foco e a capacidade de concentração no trabalho.

14. NÃO CUIDAR DA SAÚDE: noitadas, excesso de peso e falta de preparo físico não prejudicam apenas atletas, prejudicam qualquer profissional. Em um corpo cansado ou doente não existe lugar para o aprendizado e para a produção de boas atividades. (...)

15. NÃO CUMPRIR COMPROMISSOS: se você precisa entregar um trabalho em uma data definida, você deve entregar, nada menos do que isto. Não cumprir prazos é fatal para um profissional. Não tem tempo? Não gosto e não quero ouvir esta desculpa "furada". Se não há tempo durante o horário normal, faça de madrugada, mas faça!

Ensinar a trabalhar! Talvez seja a peça que está faltando no currículo das escolas e dos MBAs, no treinamento das empresas e nas conversas entre pais e filhos.

Paulo Ricardo Mubarack é consultor em gestão, qualidade, administração de pessoas, RH e ISO 9001. É autor do livro "Empresas Nuas" "Não é a perfeição e sim TOTALIDADE o que se espera de você."


Fonte: Enviado por e.mail, grata Gilberto.

domingo, 4 de setembro de 2011

Curso "Constelação Familiar"- Celma V. Verde

Consumo de agrotóxico no Brasil

Visita à Academia Brasileira de Letras


Ontem levamos nossos alunos à ABL para assistirem ao Ciclo de Leituras Dramatizadas.



O convite é feito pela ABL aos colégios de Ensino Médio e é super bem vindo, na medida em que cria a oportunidade dos alunos participarem de uma atividade cultural, num espaço arquitetônico e histórico importante para os cariocas.



Mas... parece que as pessoas que trabalham na instituição não gostam muito de lidar com jovens, ou pelo menos, demonstraram um total despreparo para fazê-lo.



Logo na entrada, dois alunos foram impedidos de entrar na ABL. Uma aluna, vestida de calça comprida, blusa do colégio, cometeu o engano de ir de sandália havaiana. Um outro aluno, estava vestido com a camisa do colégio, tênis, meia e seu equívoco foi estar de bermuda - longa, abaixo do joelho.



Pergunta-se: a ABL está realmente interessada em disseminar os eventos que promove entre os jovens? Pode-se discutir com a jovem sobre a adequação do uso de chinelos na rua, falar do desgate e da higiene dos pés. Mas se ela for a outros espaços culturais da cidade, certamente não será barrada.



A proibição da utilização de bermudas em alguns locais da cidade do Rio de Janeiro que, francamente, não desrespeitam ninguém, já é discussão antiga. O país é tropical. E se o próprio colégio do aluno permite o uso de bermudas, a argumentação contrária ao uso fica sem consistência alguma.



É o não pode apenas porque não pode. É uma regra ultrapassada.



Estar ou não de chinelos, ou de bermudas, influencia na capacidade de aprendizagem e formação que aquele espaço pode proporcionar? É desrespeitoso com quem? Será que esses jovens terão outra oportunidade em suas vidas para irem à ABL?



Em nenhum momento, o convite da ABL faz menção a essas proibições. Além do mal estar causado, porque os alunos tiveram que retornar da porta, frustrou-se toda uma expectativa que começou dois dias antes, ainda no Colégio, com a professora preparando-os para o que iriam assistir. Nosso Colégio convidou os alunos e só foram os que se interessaram e se dispuseram a ir.



A maneira pouco gentil com que a plateia de alunos foi tratada antes do início do espetáculo, dá a entender que, antes de mais nada, a equipe da ABL espera que sejam todos vândalos e pouco inteligentes.



Essa, que poderia ter sido apenas uma impressão, se concretiza quando os alunos são impedidos de circular pelo espaço, com seguranças e funcionários alimentando constrangimentos e impedindo que os jovens realmente “curtissem” aquele lugar.



Na saída, os alunos tiveram que sair correndo, porque precisavam esvaziar o local o mais rápido possível, sendo impedidos, inclusive, de irem ao banheiro. Não puderam sequer se deter para apreciar as obras expostas, textos e objetos que também contam a nossa história e fazem parte do acervo cultural da cidade.



Quanto ao espetáculo “Roteiro Poético de Mauro Mota” , valeu muito a pena! Excelente em toda a concepção, com atores e músicos da mais alta qualidade. Parabéns!



Post de: Denise Vilardo

Coordenadora Pedagógica do Colégio Graham Bell/RJ





When I Fall In Love



When I fall in loveIt will be forever
Or I'll never fall in loveIn a restless world like this is
Love is ended before it's begun
And too many moon light kisses
Seem to cool in the warmth of the sun




When I give my heartIt will be completely
Or I'll never give my heart
And the momentI can feel that
You feel that way tooIs when I fall in love with you






And the momentI can feel that
You feel that way tooIs when I fall in love with you




Quando Eu Me Apaixonar


Quando eu me apaixonar
Será para sempre
Ou então eu nunca me apaixonarei
Em um mundo agitado como este
O amor se acaba antes de começar
E tantos beijos ao luar
Parecem esfriar ao calor do sol




Quando eu der meu coração
Será completamente
Ou eu nunca darei meu coração
E no momentoEu posso sentir que
Você também se sente assim
É quando eu me apaixono por você






E no momento
Eu posso sentir que
Você também se sente assim
É quando eu me apaixono por você.



Fonte: Youtube









Entenda por que você deixa tudo para última hora

A coisa é tão ruim que até o nome é feio: procrastinação. O "palavrão" designa a ofensa que a pessoa faz a si mesma, mesmo sabendo que isso só a deixará mais vulnerável, sujeita a cometer mais erros, angustiada e exaurida.




O impulso da procrastinação leva você a fazer qualquer coisa, mesmo sem graça, em vez daquilo que é mesmo necessário. Ou você nunca se pegou deletando o lixo do e-mail na hora em que deveria estar enviando um relatório?



ENROLATION



Em levantamento inédito, 33% dos profissionais brasileiros afirmaram gastar duas horas da jornada sem fazer nada de efetivo e 52% admitiram deixar atividades necessárias para a última hora.





Os índices da pesquisa feita por Christian Barbosa, especialista em gestão de tempo, são mais altos que os de pesquisas semelhantes nos EUA, no Reino Unido e na Austrália, onde enroladores crônicos são 20% da população economicamente ativa.

"Aqui, as pessoas se sentem poderosas deixando tudo para a última hora e não ficam culpadas por isso", diz a psicóloga Rachel Kerbauy, da Sociedade Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, que pesquisou como brasileiros protelam exames e cuidados de saúde.



A culpa com a procrastinação pesa mais em sociedades influenciadas pelo luteranismo ou calvinismo, diz o professor de filosofia Mario Sergio Cortella, da PUC-SP. "A religião colocou o trabalho como elemento de salvação. Adiá-lo vira um vício."

Independentemente de aspectos culturais e morais, a procrastinação, além de não ajudar, atrapalha. E empurrar com a barriga não tira o problema da frente, só faz ele crescer nos pensamentos.



"A única coisa que se pode ganhar é culpa. A pessoa nem consegue fazer algo prazeroso em troca, porque não é uma escolha livre do uso do tempo", diz Cortella.

Na pesquisa, que incluiu 1.606 pessoas, as principais explicações para a enrolação foram falta de tempo, medo do fracasso e complexidade da tarefa a ser feita.

Mas, para a psicanalista Raquel Ajzenberg, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, as causas do comportamento podem estar ligadas a dificuldades maiores.



AUTOBOICOTE



Um dos motivos é o que Freud chamou de "fracasso como êxito". É quando a pessoa, por motivos inconscientes, recua sempre que está perto de uma situação de sucesso. Os adiamentos crônicos são um autoboicote.



Acontece também com os perfeccionistas. Para eles, o medo de não conseguir fazer algo impecável paralisa a ação, e o planejamento excessivo para cumprir metas muito idealizadas os leva a adiar o trabalho constantemente.



"A pessoa tem uma coisa importante para fazer, mas fica cavando mais buracos, descobrindo problemas para resolver antes e não faz o que deve ser feito", diz Barbosa.



Ele diz que a maioria é treinada na infância a deixar tudo para a última hora, porque os pais agiam assim.



Culpa também do sistema educacional, vê Cortella. "O estudante daqui é viciado em provas feitas só com a memória. Se é para decorar, o mais fácil é só estudar na véspera."



Enquanto psicanalistas analisam as motivações inconscientes da procrastinação e filósofos se debruçam sobre seus aspectos éticos e morais, os economistas estudam o problema pensando na relação custo-benefício.



Até um prêmio Nobel de economia, o americano George Akerlof, tratou do assunto. Ele concluiu que as pessoas adiam porque os custos imediatos de fazer determinada tarefa parecem mais reais do que o preço de fazê-la no futuro.



"Você tem certeza de qual é o custo imediato, o desprazer do esforço, e tem certa miopia em relação aos benefícios futuros. Acredita que protelar é uma escolha racional, mas é um autoengano", diz o economista Paulo Furquim, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.



SOB PRESSÃO



Essa ilusão de óptica ajuda a entender por que algumas pessoas embaçam até nas tarefas necessárias para fazer algo de que gostam.



Algumas pessoas também tentam fazer do adiamento uma tática de ação, porque só conseguem se motivar no sufoco da última hora.



Para Barbosa, isso é um padrão mental adquirido por força do hábito. "A pessoa treinou para produzir sob pressão. Se treinou, dá para destreinar e aprender um novo modelo de lidar com o tempo", afirma.





(Iara Biderman - http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/966952-entenda-por-que-voce-deixa-tudo-para-a-ultima-hora.shtml)

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Fonte: Blog da Berenice