terça-feira, 16 de março de 2010

Intervenção Psicopedagógica com os Idosos


 



"Envelhecer bem é um segredo que todos devemos conhecer e cultivar desde já, enquanto aprendemos a conviver com os idosos, ajudando-os a superar as mazelas da idade e a ganhar uma paz e serenidade interiores que transpareçam."
(Clara Janés e Luz Maria de La Fuente)

A educação permanente acompanha o indivíduo durante toda a vida, e tem um papel relevante, pois possibilita ao idoso promover ações de integração , para o resgate de sua dignidade, de sua participação como cidadãos produtivos e em suas atividades da sociedade. É imprescindível ressaltar, sobre o processo de envelhecimento e a velhice, refletir com realismo e bom senso sobre o idoso e o contexto em que está inserido. A educação configura-se como uma alavanca de resgate para a auto-estima, autoconfiança, qualidade de vida dessa faixa etária. A educação é um direito de todos.
Os idosos também possuem potencial a ser desenvolvido, e a importância dessa clientela com relação à aprendizagem não é senão um preconceito criado e sustentado socialmente. O idoso é capaz de aprender, como também de se adaptar às novas condições e exigências da vida, apenas deve ser respeitado o próprio ritmo individual que, muitas vezes, pode evidenciar-se mais lento do que na juventude. O ritmo diferenciado não se identifica com incapacidade. A mente quanto mais utilizada, mais se torna potente. O potencial interno do indivíduo deve ser incentivado, seu espírito deve estar aberto para fatos novos; o tédio, o ócio e o medo são sentimentos que isolam o idoso do convívio com as pessoas.


 

As pessoas têm capacidade de aprender no decorrer de sua existência. Para tanto, precisam, apenas serem motivadas, afinal a vida sedentária leva à imobilização, a falta de estímulos intelectuais conduz à estagnação cognitiva.

Intervenção Psicopedagógica

O olhar psicopedagógico deverá romper barreiras, procurando sintetizar as ações seja qual for a faixa etária. O trabalho do psicopedagogo se dá numa situação de relação entre pessoas, a nossa objetividade é reinserir-se, reciclar-se no meio social.
A intervenção psicopedagógica reforça a participação e integração do idoso na sociedade repudiando a segregação e o isolamento da população idosa.

É necessário desenvolver um trabalho de auto-estima, minimizando o sentimento de solidão e abandono, e aumentando as redes sociais destas pessoas. Uma das formas de integração social do idoso é possibilitar sua convivência com crianças e jovens, é uma forma de afetividade completa. Como podem, viver os idosos que são sozinhos ou que são considerados um peso para a sua família? Afinal não tirar o idoso do seu ambiente social, do contexto de suas lembranças, o que lhe proporciona uma sensação de segurança e conforto.
Enfim, podemos dizer que para oferecermos ao idoso um cuidado efetivo consciente e compartilhado, devemos, então, considerar o sujeito e seus projetos de vida, incluindo nas intervenções as diferentes formas de viver, as concepções, os valores, os interesses e as necessidades individuais e coletivas.


 

Fonte: Psicopedagogia online

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